BIOGRAFIA



   Renato de Almeida foi um pintor brasileiro, autodidata, que nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 8 de junho de 1921, mas foi registrado em 12 de novembro do mesmo ano. É o sétimo e último filho do casal José Guilherme  e Harodilla de Almeida. Seu pai faleceu quando Renato  tinha apenas 2 anos de idade, obrigando a sua mãe  a trabalhar fora para sustentar os filhos. Com a idade de 12 anos passou a ter aulas de violão  com o compositor e violonista argentino Juan Angel Rodriguez Vega (1885-Buenos Aires/Argentina - 1944-Juiz de Fora/MG). Além de excelente pintor, Renato de Almeida, tocava violão com grande habilidade, mas afirmava que a música representava um momento de descanso em sua vida. Em 29 de junho de 1950 casou com Ophelia Monterisi com quem teve quatro filhos: Renato, Roberto, Angela e Denise.
       Seu desejo de pintar nasceu cedo e se transformou em formas de modo autodidatico.  Desde muito jovem e sem condições financeiras, visando aprimorar sua vocação, fazia vários e vários desenhos como estudo para suprir a necessidade de um professor e extravasar as suas inquietações.
      Em 1949 participou do  55º  Salão Nacional de Belas Artes, promovido pelo Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, onde foi distinguido com a Menção Honrosa. Em 1950 foi premiado com o 3º Lugar no Salão Municipal de Belas Artes Antônio Parreiras em Juiz de Fora e em 1953 foi o vencedor recebendo o 1º Prêmio neste mesmo concurso. Os dois quadros referentes a essas premiações são partes integrantes do acervo do Museu Mariano Procópio, em Juiz de Fora/MG.  Em 1956 concorreu ao 61º Salão Nacional de Belas Artes onde recebeu a Medalha de Prata pelos trabalhos intitulados "Pelada", "Retrato do pintor Gil" e "Paisagem", estas três obras fazem parte do acervo do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.  Fez parte do grupo de artistas plásticos composto por Heitor de Alencar, Silvio Aragão, Dnar Rocha, Renato Stehling.
    Em 1960 muda com a família para o Rio de Janeiro por sentir que precisava viver em um ambiente onde pudesse dar maior expansão à sua arte e onde acabou por estreitar uma grande amizade com o pintor e restaurador Edson Motta (1910-Juiz de Fora/MG - 1981-Rio de Janeiro/RJ) e o compositor e maestro Guido Santórsola (1904-Canosa de Puglia/Itália - 1994-Montevidéu/Uruguai). 
    Renato fez exposições de suas obras em diversas cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Juiz de Fora, entre outras.
     Renato de Almeida era um autêntico representante da elite natural. Entrou na vida, exclusivamente, com os dons e o talento que Deus lhe deu. Não enterrou o talento, ao contrário, fê-lo frutificar pelo esforço continuado. Pelo estudo. Pelo devotamento à sua Arte. Viveu unicamente para ela. Realizou-se dia a dia na pintura e na sua música.
    Renato de Almeida possuía, como poucos, a intimidade das cores. Elas convivem em seus quadros, sem conflitos, sem atritos, como verdadeiras amigas
   Morreu no dia 31 de março de 1980, aos 58 anos, em Juiz de Fora, em decorrência de um atropelamento, quando se preparava para abrir sua exposição de pintura.
    Foi homenageado, após sua morte, pelo Centro Cultural Pró Música em Juiz de Fora, Minas Gerais, com uma sala para exposições que leva o nome de '"Galeria Renato de Almeida".















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É simplesmente um artista que por muito amar as coisas e os seres, transforma esse amor numa doação pictórica, de qualidade ensolarada.
Seus quadros, onde a luz é uma constante nos problemas de sua atividade criadora, reafirmam sua sensibilidade que se sente mais jovem, mais rica de força e colorido, captando e fixando velhas casas, velhas ruas, velhas torres, velhas cidades, velhas paisagens

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